quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Fernando Pessoa - Verbete





PESSOA, Fernando António Nogueira de Seabra (1888-1935) – O mais importante poeta da modernidade portuguesa e um dos maiores de todos os tempos, sendo internacionalmente considerado uma das grandes figuras que nasceram no fim do século passado, tal como Stravinsky, Corbusier, Picasso, Joyce, Georges Braque, etc. 


A sua biografia espanta de tão banal e vazia de acontecimentos, em contraste com a sua vida imaginária e com a sua reflexão ontológica. Criança ainda, em 1895, por segundas núpcias da sua mãe, viúva, com o comandante João Miguel Rosa, foi viver para a África do Sul, onde adquiriu sólidos conhecimentos da língua e literatura inglesas, tendo aliás começado a sua atividade literária nessa língua. Regressado a Portugal, em 1907, adotou, até ao fim da vida, a profissão de correspondente comercial, que lhe concedia muitas horas livres para o desenvolvimento da sua produção literária. De natureza introspetiva, não se lhe conhecem casos amorosos, para além de um inocente namoro, de alguns meses, com uma datilógrafa



Com os seus amigos Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros e Amadeo de Sousa-Cardoso, foi um dos introdutores do modernismo e futurismo em Portugal, e um dos corifeus da revista Orfeu, que tanto escândalo e agitação intelectual trouxe à sociedade coeva, tendo, para além disso, colaborado ativamente em Portugal Futurista e Athena. Contudo, em vida só publicou A Mensagem, alguns poemas em inglês e estudos críticos, e só postumamente a sua obra foi publicada e valorizada


A sua característica mais original foi a criação, a partir de 1914, de heterónimos, que atuam como
personalidades distintas, com estilos próprios, encarnados ciclicamente. A heteronímia pressupõe a diversidade do eu e um ceticismo gnoseológico traduzido numa atitude profundamente irónica. As suas quatro personagens mais relevantes, a par do escritor ortónimo, são Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos, e o seu «semi-heterónimo», Bernardo Soares. O conjunto dos seus poemas, denominados Ficções do Interlúdio, constitui uma obra complexa, paradoxal, de grande modernidade e universalidade. 




A.A.V.V. (1991). Nova Enciclopédia Portuguesa. Vol. 20. Lisboa: Ediclube, pp. 1841-1842.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Saga "The White-Light": Capítulo 1

~ Anastacia, após ter parado diante da grande floresta de sua terra, a voz parecia ter desaparecido como por magia, ela, estupefata não parava de se perguntar o porquê de ela ter desaparecido assim do nada. O seu amigo, Victor, corre em direção dela a perguntar em voz alta.-"Anastacia, estás maluca? Podias ter te magoado, ou algum animal podia te ter mordido, ou ... ou..." - "Ai! Victor, não sejas tão dramaturgo. Não me aconteceu nada, apenas me aproximei da floresta e acredites ou não, a voz irritante, desapareceu!" - Anastacia, para tirar conclusões mais definidas, entrou dentro da floresta e Victor foi atrás, de mão dada a ela. Ao entrarem a dentro da grande floresta da sua Terra Natal, ouviram inúmeros pássaros a cantarem e a saírem irrequietos dos seus ninhos, veados apareceram a saltar por detrás das sombras de cada árvore que vivia naquele ser desconhecido aos olhares de quem nunca teria coragem a descobrir. De um momento para o outro, a voz regressa, mas com outra fala-"Anastacia, segue-me."- Anastacia, cheia de medo e completamente nervosa, olha bem atentamente para todos os cantos há sua volta, com um pressentimento de que algo de muito estranho poderia acontecer naquela hora.-"Anastacia... segue-me."- Repetia a voz, duas, três, ou até mais que quatro vezes aos ouvidos dela e a cada repetição, ficava mais forte. Ela metia as mãos sob os ouvidos, tentando impedir a entrada da voz misteriosa, mas era escusado.-" Victor, faz a voz parar!"-"Como Anastacia?"-"Não sei! Mas ajuda-me, peço-te."- Anastacia, começa a correr em direção do "nada", como se costuma dizer, correr hás cegas, para o meio do mato e Victor corre atrás dela, gritando bem alto-"Para onde corres tu Anastacia? Toma atenção ao caminho!"- Mas ela não tomava atenção, pois o seu objectivo era livrar-se da maldita voz que a fazia doer a cabeça, arduamente. 
~ Anastacia, pára de correr. Victor, encalha num rochedo ao tentar parar e cai em cima dela, caindo assim os dois de uma montanha enorme e imensamente ingrime. Eles fartam-se de gritar e fecham os olhos, sempre de mãos dadas, para não observarem bem o tamanho do chão que eles se aproximavam, quando de repente são transportados para um buraco negro, surgido do nada há frente deles. Anastacia, pára de ouvir a voz, assim que entram dentro de uma terra desconhecida, eles assim caiem no chão e suspiram de alívio por estarem vivos, sã e salvos.-" Anastacia, não repitas essa corrida, por favor."-"Victor... onde estamos?"-"Perguntas bem Anastacia, onde estamos?"- Há suas vindas, aparece um duende vestido de laranja e outro duende vestido de verde, no qual insinuaram-"Bem-Vindos, Bem-Vindos estrangeiros super estranhos. Eu sou Laranju e ele o Verdu e somos os guardiões do grande Portal de Ville Rainbow"-"Ville Rainbow? Como assim? Como viemos nós parar aqui?"-"Calma menina, uma pergunta de cada vez, pois para terem vindo parar cá, é porque atravessaram o grande buraco dos sonhos. Ele sim vos guiava até nós, num grande e colorido labirinto de vozes e magia estrema."-"Anastacia, diz-me que isto não passa de um sonho, diz-me isso. Diz-me que estou a sonhar com duendes iguais aos meus bonecos do quarto."-"Não Victor, isto é real. Eu sonhava com este vale quando tinha 5 anos, eu lembro-me."- Anastacia, tão radiante, fica maravilhada com aquela terra e solta um grande sorriso ao ver aquela doce terra, com quem sonhava quando era pequena. Victor, sem palavras, abre bem os olhos e fica emparvatado ao ver toda aquela terra cheia de bonecos inanimados dos quais sonhava quando tinha 4 anos.-"Laranju, é ela. É ela, temos que avisar o mestre."-"Sim, tens razão Verdu, toca a buzina de alarme."- Laranju, Segundo guardião leal do rei do grande Portal de Ville Rainbow, corre em direção ao Portal e abre com grande delicadeza as portas para a grande terra dos sonhos inalcançáveis e não concretizáveis, insinuando.-"Pode entrar, minha alteza."- Victor, olha atentamente para Anastacia, e pergunta-"Alteza? Anastacia, percebes-te a razão de te terem chamado aquilo?"-"Não Victor, mas vamos entrar para descobrir melhor." 
~ Assim, Victor e Anastacia entram nas grandes redondezas e deparam-se com seres tão magníficos dos quais sonhavam quando eram pequenos, quando de repente deparam-se com os seus antigos amigos imaginários de infância.
- Pérsia

terça-feira, 29 de julho de 2014

The White-Light


~ Era uma manhã tremida, estava tudo calmo e o tempo não estava nos seus ótimos dias. Aqueles pequenos e doces pássaros que apareciam sempre a cantar, nunca chegaram a fazê-lo. Anastacia, era o nome dela, daquela doce e fúnebre rapariga, cujo coração conquistava qualquer cidadão da sua cidade Natal, correu em direção à cozinha, esperando encontrar a sua família toda reunida, pronta para realizar o grande e tradicional almoço familiar. Ela, sem deixar de sorrir, desceu as escadas numa velocidade super gigantesca, capaz de a fazer tropeçar e cair escadas abaixo. Quando chegou ao local, viu tudo vazio, nem uma pessoa a esperava - "Algo se passa" - dizia ela, sem deixar de soltar um suspiro naquele enorme vazio e silêncio que dominava a sua casa. Anastacia, procurou pela casa toda, chamou pela a sua mãe, pelo seu pai, pelos seus dois irmãos, John e Castel. Ninguém respondia, era como se tivessem todos se evaporado em questão de minutos, horas ou segundos, talvez. - "Anastacia" - Suspirava o vento pelos seus ouvidos. - "Quem está aí?" - Perguntava ela, receosa e nervosa pelo que possa ser, seja em que local for e em que labirinto esteja escondido. - "Anastacia" - Repetia o vento, suspirando três vezes pelo seu ouvido a dentro. Ela, cheia de medo, anda pela sua casa em bicos de pés, sempre tranquila, esperando encontrar um dos seus irmãos a quererem-lhe pregar uma partida de mau gosto. De repente, entra os seus pais, irmãos e avós pela a porta da entrada e ela, assim, provoca um ressalto no corredor da sua casa, lançando um suspiro e ainda afirmando de alívio - "Que susto me provocaram vocês." - A família ficou estupefata ao vê-la naquele estado, mas nem a isso eles ligaram e continuaram nas calmas, preparando os preparativos para o grande e tradicional almoço familiar. 

~ Passado umas boas e pesadas horas, Anastacia foi dar um passeio para aliviar o grande susto que apanhou naquela sua manhã super estranha. Durante o seu passeio, encontrou-se deparada com o seu melhor amigo, Victor, que já conhece desde a sua infância. As suas famílias sempre foram muito unidas e nunca ouve qualquer disputa na sua grande amizade. Eles lá ficaram a conversar, quando aquela pequena voz retorna aos ouvidos dela e começa a chamá-la repetidamente. - "Anastacia" - Anastacia, meia louca, pergunta a Victor - "Não ouves? - Ele, assim, responde - "Ouvir o quê? - " A voz, está a chamar-me e não sei quem é. " - "Anastacia? Estás bem? - "Sim, deve ser só loucura minha... " - 
Anastacia, não ficou muito convencida de que era apenas loucura da sua cabeça e começou a investigar de onde vinha essa voz misteriosa. Quando de repente, ela aproxima-se da floresta e a voz fica mais forte e mais alta, criando uma grande dor de ouvido e cabeça na Anastacia. Ela, lá se aproximou mais da floresta e aquela voz mais forte ficava, quando de um momento para o outro, ela pára e Anastacia também. ~
- Pérsia 
(Excerto)

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Double-Secret

" Sabes o que eu penso? Penso que tudo podia estar bem, podia estar da melhor maneira possível para o meu lado, que eu podia estar com quem me amava mesmo e eu nem vi isso, podia estar a viver uma vida de loucura fazendo as coisas que mais bem me fizeram ao longo dos anos, podia estar a lutar pelo meu futuro quando ainda tinha possibilidades para isso, podia ser o que EU quisesse. Mas, porque não fui? Simples. Deixei tudo escapar, meti na cabeça de que NÃO era capaz, que ia perder, que tudo que tinha na mão ia perder e que todos me iam abandonar logo no momento em que mais precisava deles, lá ou cá para me apoiar e dar uma palavra de ajuda "vai tudo correr bem, não desistas.". Mas no fim de tudo isso, eu tentei levantar-me de novo, tentei fazer com que tudo que eu tinha perdido, recupera-se ou consegui-se algo muito melhor para mim e que realmente merece-se. 
Lutei, chorei, gritei, perdi, recuperei, perdoei, errei, mas também aprendi. Errar é humano e eu, sou uma simples e mera aprendiz. "

segunda-feira, 21 de julho de 2014

_X_


Ia ter com ele, falava com ele, se eu visse que ele tivesse uma arma escondida atrás das suas costas, eu tentava meter a mão um pouco alcançável da arma escondida dentro do meu casaco, ele mostrava a sua arma e eu retirava a minha, ameaçava matá-lo, ele negava estar com medo e receio de morrer primeiro, eu dava-lhe um tiro no braço da arma, ele caia de dores e eu ameaçava de novo e com um aviso de o matar mesmo desta vez, ele afirmava de novo que o receio e o medo não era coisa que eu sentia naquele momento. Ele tentava levantar-se lentamente e com ainda mais dores, eu afastava-me, mas sempre com a arma apontada para a sua cabeça. Ele pegava na sua arma e apontava para mim, dizendo "Eu amei-te, lutei por ti, agora é isto que me das em troca?! Uma facada nas costas, ou melhor, uma bala no meu coração?" e eu acabava a conversa, finalizando com um suspiro e uma última palavra "E quem disse que eu nunca te amei? Ou estás esquecido que também me magoaste e uma facada me deste no coração? Ou és só tu quem lutou estes anos todos por alguém? Eu lutei por ti e agora tentas matar-me? Que mudança radical de sentimento a tua." Ele novamente levantava a sua arma e para mim ele a apontava. Suspirava diante de um sorriso forçado e eu assustada, apontava-lhe a arma quase a premir o gatilho. Ele avançava e deixava a arma cair. Abria os braços e gritava "DISPARA". Ele voltava a repetir e à terceira vez, deixei cair a minha arma, retirando assim a carga da arma. Ele sorria, como se pergunta-se "porque não disparou?". No final de tudo, acabamos abraçados um a outro e de repente... O despertador tocou e eu acordei. Era tudo um sonho, do qual não desejava viver, nunca na vida, mas fiquei feliz por ter acabado bem.*Pérsia

segunda-feira, 14 de julho de 2014

#ForeverMoonlone

E quando pensas que nada é como queres, a felicidade volta para as tuas mãos. Sentes borboletas que ninguém sente, amas-te cada vez mais. A loucura torna-se tua parceira e faz-te perder tempo de um modo mais melhorado. Amas quem te ama e odeias quem te larga. Ignoras a sociedade de um modo mágico. És simples e queres alguém simples também. Repetes para a frase melhorares e as atitudes mais fortes ficarem. Choras sozinho para te consulares no escuro. Falas para a Lua como se fosse tua e única vizinha da frente e melhor amiga da tua vida. Sonhas sem teres qualquer intenções de concretizar. Aprendes novos factos da vida, levando à criação de novas Leis da Vida. E então? - Pergunta ele ao seu reflexo na Lua.

Thousand Years, Thousand Tears.

Só sofrerás se pelo caminho do mal andar irás, sem razões ela o descobriu, ela por ele rezou e foi nele em quem ela desejou. Tinha paixão, tinha pavor, aquele receio de menina que lhe dominava o amor. Se apaixonou, mas bem chorou. Ninguém os gostava de ver juntos. Ele queria permanecer seu, só seu, tal como ele era da lua. A sua guia até ela. Dançaram sua última valsa, sua última noite de amor intenso passado à volta de uma fogueira, em sua tenda. As estrelas iluminavam os olhos deles juntos e a Lua, o perigo afastava, apagando sua luz sob eles. Amavam-se, entretanto fugiram. O casal fugiu e a única testemunha, era a Lua. Passou 20 anos e avistaram-se a metros de distância da Aldeia. Eis o casal que por muito permaneceu cá. Amar, é isto. Arriscar para dar certo.

Enjoy

Faz da tua vida o teu ponto de abrigo. Faz com que ela te traga toda a paixão e harmonia que tanto querias receber. Faz com que nada se perca e nada se afunda juntamente com as mágoas de perder e o rancor de querer e não merecer obter. Faz com que o passado vire momentos e história, faz com que nada volte ao presente e no passado se situa. Faz dos teus sonhos um carrossel mágico, sem inicio e sem fim imaginado. Faz das tuas palavras uma certeza, uma afirmação de que nada está perdido, está apenas incógnito ao saber do tempo. Faz do teu corpo um bem estar físico e psicológico, sem ter receios de ir abaixo e voltar com mais forças. Faz aquilo que saber melhor de resolver e criar. Faz da tua pessoa única, sem pontas soltas e muito menos cópias mal criadas e programadas. Não deixes cair em tentação, sê aquilo que todos imaginavam não seres e afinal o és. Fica nos sítios que mais confortável te fazem ficar. O Mundo é grande, mas também tem tempo e todos nós morremos um dia. Até lá, aproveita a vida. 

X


Não me iludes, não me faças perder os sentidos. Precisei de ti quando menos precisava, pensava que tudo estava perdido, quando na verdade, estava tudo à minha frente, tudo que eu precisava para me fazer feliz eu já o tinha. - Dizia ela, enquanto lhe olhava nos olhos. Aquela rapariga que todos julgavam, atraiu o rapaz que todas as donzelas precisavam nas suas vidas para serem bem vistas pelo o povo da aldeia 'KRIKIA'. A floresta chamava a sua atenção, gritava pelo vento nos seus ouvidos, fazia o seu perfume se largar dos seus cabelos ruivos e maciços. O rapaz queria uma rapariga em quem podia partilhar tudo da sua vida, uma Mulher simples. Com um sorriso simples de encantar qualquer um Homem. Fugiram, para a floresta, da qual assombrada andava, os pássaros enlouqueciam com as suas vindas à encantadora e mágica terra dos seres vivos, animais, tudo. Unicórnios andavam e voavam junto de dragões. Feiticeiros sorriam ao lado de Bruxas e fadas encantadoras de contos de fadas imaginários. Ela, Lara, cantava junto de pássaros e corujas brancas com sons de estremecer qualquer ser vivo. Ele, Fredrik, se juntava a ela, tocando algo criado pela natureza, sem qualquer pressa e assassínio da natureza. Eram as almas gémeas, a única esperança daquele povo voltar à sua harmonia e paz interior/exterior. 
Sinto-me viva, capaz de lutar contra qualquer um para te ter na minha vida, sempre. - Insinuava ela enquanto lhe cantava uma melodia de boa noite, dentro de suas casinhas pequenas sem teto, para admirar as luzes das estrelas e de sua guia, a lua.
Nunca, meu amor, seremos um só e quem se vier intrometer, a morte lhe esperará mais cedo que esperado. - Terminou ele, seguindo de um beijo sofucante. 
Os dias e noites passaram e assim o fizeram, cumpriram as suas palavras. Morreram juntos. Há luz da Lua. E a natureza assim, morreu junto deles. Eles eram a sua vida, o seu coração em um só. O povo da aldeia, conta esta história todas as noites aos seus filhos e eles assim seguem a tradição de contar aos seguintes. Diz-se que ainda se vê durante a noite, sob a luz das estrelas e da Lua, as suas almas, os seus corpos, deitados naquelas casinhas, juntos, agarrados e felizes da vida. 
Sempre muito apaixonados eles estiveram e ainda estão. 
E agora? Ainda dizem que o amor eterno não existe? Eles foram a prova viva para o povo e arredores. 
Lara e Fredrik, sempre unidos. Até no reflexo da Lua se vê. 
Autora: Pérsia
Livro: _X_

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Amor.

Estás a ver aquelas borboletas que recebes na barriga, quando falas com a pessoa, quando estás com ela, quando a sentes na tua pele, quando ambos trocam de beijos, quando ambos de protegem com um abraço, quando ambos se elogiam com palavras e quando te despedes, mas corres para ligar o telemóvel à corrente para lhe ligar só para dizer 'tenho saudades'? E quando ficas ansiosa(o) para chegar o bem-dito dia para estar com a pessoa, sem alterar a data e nem que tenhas que ir a pé ou a correr só para não perderes a oportunidade? Amar alguém passa a ser um vício, uma rotina diária, algo que nos liga por completo a outro mundo diferente, longínquo deste onde vivemos, em que apenas habita guerra, vingança, ódio e nada de compaixão. Apenas frieza. Morte. O pior é que quando se termina algo maravilhoso, é como se nos torná-se-mos neste mundo em que vivemos, em apenas uma pessoa. As piores passam-te pela cabeça, sentes-te morto, sem vida, sem energia e sem vontade para nada. A tua rotina passa a ser recordação de momentos inesquecíveis, as tuas palavras a passado e as tuas atitudes transformadas em pó, levado pelo vento, para lá das montanhas. As lágrimas dominam o nosso sorriso, o nosso rosto, aquela nossa pequena e grande felicidade sincera, que até o suicídio passa nas mentes de quem mais sofre no fim de tudo. Mas o suicídio não resolve nada, tal como chorar por algo que já passou, só impede o avanço e continuidade da nossa vida, do nosso futuro e do que a de vir. Amar, é uma palavra forte, mas o seu sentimento é poderoso. Quem o controla e sabe cuidar, sabe o permanecer dentro de si e da pessoa durante anos, até ao dia de sua morte. Quem apenas fala, mas não sente, um dia mais tarde se recordará da pessoa e se apaixonará por quem humilhou e gozou. Quem ama, sente, mas não valoriza, valoriza mais tarde, admite seu erro e arranja coragem de dizer que sente saudade e o quer de volta em sua vida. Quem ama e não é correspondido, luta por ele(a), mas se não der, segue em frente para uma nova etapa de sua vida. Quem ama e é correspondido, luta para dar certo, mas se não der, não era destino dar, alguém melhor virá. O amor tem os seus bem-ditos segredos, basta apenas saber senti-los e usá-los para o enganar, não a nós.