Ia ter com ele, falava com ele, se eu visse que ele tivesse uma arma escondida atrás das suas costas, eu tentava meter a mão um pouco alcançável da arma escondida dentro do meu casaco, ele mostrava a sua arma e eu retirava a minha, ameaçava matá-lo, ele negava estar com medo e receio de morrer primeiro, eu dava-lhe um tiro no braço da arma, ele caia de dores e eu ameaçava de novo e com um aviso de o matar mesmo desta vez, ele afirmava de novo que o receio e o medo não era coisa que eu sentia naquele momento. Ele tentava levantar-se lentamente e com ainda mais dores, eu afastava-me, mas sempre com a arma apontada para a sua cabeça. Ele pegava na sua arma e apontava para mim, dizendo "Eu amei-te, lutei por ti, agora é isto que me das em troca?! Uma facada nas costas, ou melhor, uma bala no meu coração?" e eu acabava a conversa, finalizando com um suspiro e uma última palavra "E quem disse que eu nunca te amei? Ou estás esquecido que também me magoaste e uma facada me deste no coração? Ou és só tu quem lutou estes anos todos por alguém? Eu lutei por ti e agora tentas matar-me? Que mudança radical de sentimento a tua." Ele novamente levantava a sua arma e para mim ele a apontava. Suspirava diante de um sorriso forçado e eu assustada, apontava-lhe a arma quase a premir o gatilho. Ele avançava e deixava a arma cair. Abria os braços e gritava "DISPARA". Ele voltava a repetir e à terceira vez, deixei cair a minha arma, retirando assim a carga da arma. Ele sorria, como se pergunta-se "porque não disparou?". No final de tudo, acabamos abraçados um a outro e de repente... O despertador tocou e eu acordei. Era tudo um sonho, do qual não desejava viver, nunca na vida, mas fiquei feliz por ter acabado bem.*Pérsia
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