quarta-feira, 26 de março de 2014

Ver.

"Vivo de alegria
Tal como eu vim à vida
Penso que sou fria
Mas acabo por ser diva.
Só quem me conhece
Sabe aquilo pelo que passo
Só quem me apoia
Só quem me ajuda
Sabe aquilo pelo que repasso.
Não sou agressiva
E muito menos hipócrita
Sou aquilo que vim à vida
Aquilo que tudo adora.
Basta uma palavra tua
Para me fazer sofrer
Mas basta um acto teu
Para me fazer derreter.
Não nasci para agradar
Nem mesmo para te dar,
Nasci para viver
Aquilo que chamo "vida sem ver"."

terça-feira, 18 de março de 2014

Acabou.

"Eu não sou mais aquela rapariga meiga, tímida, querida e simpática com todos e que todos adoravam. Eu saturei de ver tudo a magoar-me em troca de algo, enganarem-me para serem superiores e humilharem-me para serem mais auto-confiantes. De que vale ser
alguém que não sou para agradar? Isso contribuí para a minha felicidade? Não. Estou
estranha, seca e fria. Estou cansada dos mesmos dias e problemas. Farta das mesmas
pessoas da treta. Ainda dizem que mudei? Eu cresci, ao contrário de ti, que continua agarrada à ilusão de mim. Parem de me dizerem o que era e como estou. Se não meto
conversa, é porque quero paz e se nada do que digo te agrada, paciência, não nasci para
agradar e nem muito para receber opiniões de gente da treta. Desabafei tudo? Acabou."

segunda-feira, 10 de março de 2014

Tu.

"Sou a pessoa mais estúpida, fria e desprezante
que existe, e daí? sou eu mesma, sem vírgulas e
muito menos correcções. Se não te falo é
porque talvez goste de estar sozinha e passar
um dia sem ter que conversar com alguém. Se
digo que me importo, não penses 2x em
duvidar, porque a minha paciência para
duvidas é limitada, tal como a vida. Se te digo
que és especial e o meu 'nada', aproveita e dá
valor a tal, porque um dia quem muito se
ausenta, um dia deixa de fazer falta. Eu não
vivo para sempre, nem eu e ninguém o vive.
Quando me canso, cago-me de vez para o
assunto. Sou difícil? Ainda bem. Só os fortes e
com coragem me aturam por muito tempo.
Agora, pensa." I.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Lembrança.

«Ainda me lembro, como se fosse ontem, quando eu era aquela rapariga pequena que apenas se escondia do mundo, de modo a puder ser ela própria a tempo inteiro, sem pausas e faltas. Ainda me lembro quando chorava às escondidas, para nada e nem ninguém me dizer para não o fazer e até me pedir explicações para o estar a fazer. Ainda me lembro quando todos me troçavam e até me faziam pensar o contrário da minha pessoa, o oposto daquilo que eu era na realidade, deixando-me de um modo tão sensível e frágil a qualquer acontecimento possível. Ainda me lembro quando comecei a juntar forças para lutar contra tudo e todos que se metessem à minha frente e nos meus objectivos de vida. Ainda me lembro quando todos me diziam que nada do que eu acreditava era realidade, era apenas ficção, imaginação, ilusão. Ainda me lembro quando os mandei para um fundo do poço bem grande, de modo a não me chatearem mais a cabeça, metendo-a num atrofio enorme. Ainda me lembro de quem eu era e agora, comparem, eu, hoje em dia. Diferente, mais forte, mais madura, mais fria, ainda com algum medo, mas sem receios e papas na língua. Ainda me lembro, como se fosse ontem.»

terça-feira, 4 de março de 2014

Sentimento

"Acho que por muito que me tentem animar, só faço as pessoas ficarem mal comigo. Não sei, na minha cabeça nada já faz sentido, vejo toda à gente feliz, sempre a rir com realismo e convicção e eu com uma tristeza e vontade de chorar, e até mesmo de fugir para um lugar desabitado. Sei que sou hipócrita, mas não é bem assim, eu já não sei o que é estar mesmo bem comigo mesma e até com o resto, a minha vida. Parece que ando perdida no tempo."